domingo, 28 de fevereiro de 2010
Single and unique...
E na sequência dos bons espectáculos...cá vai mais uma sugestão aqui desta boca "desbocada"...e todos os 4 ventos são poucos para fazer pregão deste filme ímpar...
Quantas sublimes representações terá a senhora Moore de fazer para Hollywood perceber que já lhe devia ter dado a aclamada estatueta há muito tempo??
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
De ver e aplaudir por mais...
"Às vezes quase me acontecem coisas boas quando me ponho a falar sozinho"
"Num palco vazio, está um homem aqui e agora. Pode contar uma história. A sua? A doutrém? Pedaços de histórias de gente que vive na cidade, mas que veio do campo. Enfim, Pode ser esta a história: um homem sozinho, parado no meio de uma viagem, conta uma história. E às vezes, quando o faz, quase lhe acontecem coisas boas. Um homem sozinho quando está parado no meio de uma viagem lembra-se de palavras, inventa frases e conta uma história. Conta uma história, pois.
Copyright Escape by Expresso (Todos os direitos reservados)".
Têm é de ser rápidos pois só vai estar no Teatro Taborda, ali como quem vai para o Castelo, até domingo, dia 28.
"Num palco vazio, está um homem aqui e agora. Pode contar uma história. A sua? A doutrém? Pedaços de histórias de gente que vive na cidade, mas que veio do campo. Enfim, Pode ser esta a história: um homem sozinho, parado no meio de uma viagem, conta uma história. E às vezes, quando o faz, quase lhe acontecem coisas boas. Um homem sozinho quando está parado no meio de uma viagem lembra-se de palavras, inventa frases e conta uma história. Conta uma história, pois.
Copyright Escape by Expresso (Todos os direitos reservados)".
Têm é de ser rápidos pois só vai estar no Teatro Taborda, ali como quem vai para o Castelo, até domingo, dia 28.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Agenda...
Desta vez, e para ser actual, resolvi ser original e escrever sobre algo que nunca foi antes debatido. A saber: o dia de Santo Valentim, e conhecido por alguns (poucos, contudo) como dia “dos namorados”.
Eu sei, eu sei, é surpreendente enquanto tema. O dia dos “namorados” e portanto, retirem-se das páginas todos os outros cuja situação emocional não abarque esta designação) celebra-se agora a 14 de Fevereiro, sendo que antes era no dia do outro Santo que constitui real ameaça a São Valentim: Santo António. Pelo menos, em Lisboa.
Sendo que Santo António está para o São Valentim, como as equipas das Segunda Liga para as da Primeira, o segundo ganha terreno de ano para ano. E porquê??
São Valentim tem várias ajudas, aliás se S Valentim fosse um programa de televisão seria o “Quem quer ser milionário”. Tem a ajuda do público que poderá ser personificada pelas lojas que chegadas a fins de Janeiro já estão forradas até ao tecto com ursinhos, cãezinhos, bonequinhos abraçados e claro, os ex-libris da data: corações, florestas de corações que inundam de vermelho todo o comércio. Mas as ajudas para este Santo sortudo não terminam aqui. Há ainda a ajuda do telefone: os namorados quando não sabem o que dar às namoradas ou aos namorados. (situação que acontecem quase sempre e que é arrematada com a célebre expressão: (“ela/ele já tem tudo, que lhe vou dar?) telefonam às cunhada/os, pais, primos dos amados para saberem o que estes querem.
Ora se não sabem o que vão dar à cara-metade (expressão também catita e que se levada à letra pode dar num pós-operatório bem doloroso...parecendo que não, tirar um pouco da cara de outrem e por em metade da nossa deve aleijar um pouco, mas isto sou só eu a pensar alto e como muito tempo livre em mãos), à pessoa com quem vivem ou estão junta/os a maior parte do dia (e dos anos), provavelmente algo não está a correr bem...
Há ainda a última ajuda mas não menos importante: a ajuda dos “50-50” que poderá ser representada pelo desespero já quando o dia chega e a prenda ainda não está comprada ou o restaurante (sim, que dia dos namorados sem partilhar uma refeição mais que cara que nos outros dia do ano e partilhada com metade do país dentro do mesmo espaço físico, não é a mesma coisa!) marcado. Aí recorre-se não à imaginação que se não existiu até então, nessa altura é que não existirá de certeza) e entra-se na primeira florista e paga-se meio salário em rosas com 3 dias, e no entanto, sai-se da loja com o sentido de dever cumprido. Na florista ou na loja de bombons. Temos 50% de hipóteses de brilhar perante o Outro.
Dever? É, de facto, o que parece mais esta data nos últimos anos. Envolta no típico cliché do consumismo fácil, continua, todavia, a lucrar, marcando pontos: jogando com a nossa necessidade de agradar e celebrar datas para que nos lembremos que é importante fazermos quem mais gostamos sentir-se recordado.
Mas aqui que ninguém me ouve...não temos os outros 364 dias do ano para tal? ´É que a mim, parece-me que 364 dias é ainda muito tempo e que olhando com cuidado para as nossas agendas, deveria sempre haver tempo e espaço para quem, no fundo faz parte de nós.
Vanessa Limpo
in "Expresso Sem Mais",edição de 20 de Fevereiro de 2010
Eu sei, eu sei, é surpreendente enquanto tema. O dia dos “namorados” e portanto, retirem-se das páginas todos os outros cuja situação emocional não abarque esta designação) celebra-se agora a 14 de Fevereiro, sendo que antes era no dia do outro Santo que constitui real ameaça a São Valentim: Santo António. Pelo menos, em Lisboa.
Sendo que Santo António está para o São Valentim, como as equipas das Segunda Liga para as da Primeira, o segundo ganha terreno de ano para ano. E porquê??
São Valentim tem várias ajudas, aliás se S Valentim fosse um programa de televisão seria o “Quem quer ser milionário”. Tem a ajuda do público que poderá ser personificada pelas lojas que chegadas a fins de Janeiro já estão forradas até ao tecto com ursinhos, cãezinhos, bonequinhos abraçados e claro, os ex-libris da data: corações, florestas de corações que inundam de vermelho todo o comércio. Mas as ajudas para este Santo sortudo não terminam aqui. Há ainda a ajuda do telefone: os namorados quando não sabem o que dar às namoradas ou aos namorados. (situação que acontecem quase sempre e que é arrematada com a célebre expressão: (“ela/ele já tem tudo, que lhe vou dar?) telefonam às cunhada/os, pais, primos dos amados para saberem o que estes querem.
Ora se não sabem o que vão dar à cara-metade (expressão também catita e que se levada à letra pode dar num pós-operatório bem doloroso...parecendo que não, tirar um pouco da cara de outrem e por em metade da nossa deve aleijar um pouco, mas isto sou só eu a pensar alto e como muito tempo livre em mãos), à pessoa com quem vivem ou estão junta/os a maior parte do dia (e dos anos), provavelmente algo não está a correr bem...
Há ainda a última ajuda mas não menos importante: a ajuda dos “50-50” que poderá ser representada pelo desespero já quando o dia chega e a prenda ainda não está comprada ou o restaurante (sim, que dia dos namorados sem partilhar uma refeição mais que cara que nos outros dia do ano e partilhada com metade do país dentro do mesmo espaço físico, não é a mesma coisa!) marcado. Aí recorre-se não à imaginação que se não existiu até então, nessa altura é que não existirá de certeza) e entra-se na primeira florista e paga-se meio salário em rosas com 3 dias, e no entanto, sai-se da loja com o sentido de dever cumprido. Na florista ou na loja de bombons. Temos 50% de hipóteses de brilhar perante o Outro.
Dever? É, de facto, o que parece mais esta data nos últimos anos. Envolta no típico cliché do consumismo fácil, continua, todavia, a lucrar, marcando pontos: jogando com a nossa necessidade de agradar e celebrar datas para que nos lembremos que é importante fazermos quem mais gostamos sentir-se recordado.
Mas aqui que ninguém me ouve...não temos os outros 364 dias do ano para tal? ´É que a mim, parece-me que 364 dias é ainda muito tempo e que olhando com cuidado para as nossas agendas, deveria sempre haver tempo e espaço para quem, no fundo faz parte de nós.
Vanessa Limpo
in "Expresso Sem Mais",edição de 20 de Fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Janela...
"Nesta ilusão iludi-me
A hora da vida já
Soltou uma gargalhada
E saiu pela janela (...)"
Alexandre 'Neill/António Maria Lisboa/Mário Cesariny/Mário de Sá Carneiro/Pedro Oom
"Cadáver Esquisito Extraordinariamente Ortodoxo".
Antologia do Cadáver Esquisito
A hora da vida já
Soltou uma gargalhada
E saiu pela janela (...)"
Alexandre 'Neill/António Maria Lisboa/Mário Cesariny/Mário de Sá Carneiro/Pedro Oom
"Cadáver Esquisito Extraordinariamente Ortodoxo".
Antologia do Cadáver Esquisito
sábado, 20 de fevereiro de 2010
"É melhor fechares os olhos, meu amor,
antes que o mundo inteiro seja um incêndio.
Os ventos todos fechados dentro da minha mão
quantos ciclones queres?
Procurava nos outros a ternura, mas
só encontrava poços cheios de ódio e nitroglicerina
Aquele poema, ao contrário dos outros,
tinha pólvora.
Só lhe faltava o rastilho.
Éramos rebeldes por sistema,
a sonhar uma revolução por dia.
à tardinha, na esplanada,
bebíamos um cocktail molotov.
O terrorista apaixonado
carregava, às escondidas, uma bomba-relógio,
era no peito
era o coração."
Autor desconhecido.
antes que o mundo inteiro seja um incêndio.
Os ventos todos fechados dentro da minha mão
quantos ciclones queres?
Procurava nos outros a ternura, mas
só encontrava poços cheios de ódio e nitroglicerina
Aquele poema, ao contrário dos outros,
tinha pólvora.
Só lhe faltava o rastilho.
Éramos rebeldes por sistema,
a sonhar uma revolução por dia.
à tardinha, na esplanada,
bebíamos um cocktail molotov.
O terrorista apaixonado
carregava, às escondidas, uma bomba-relógio,
era no peito
era o coração."
Autor desconhecido.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Galaxy...
"(...) I need these pretty lies
From where you are
To where I am now
I need these pretty things
Around the planets of my face
Everything's a sign of my astrology
From where you are
To where I am now
Is its own galaxy (...)"
Pretty things, Rufus Wainwright.
From where you are
To where I am now
I need these pretty things
Around the planets of my face
Everything's a sign of my astrology
From where you are
To where I am now
Is its own galaxy (...)"
Pretty things, Rufus Wainwright.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
This is why...
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Au revoir...
Muito muito bom...melhor, melhor só ver estas meninas ao vivo como eu vi, na Aula Magna.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Impulse...
E se de repente começares a ouvir "Dancing queen" dos ABBA em versão pan pipe?
Isso é...Rossio!
Isso é...Rossio!
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Há duas situações que, por muito corriqueiras que sejam, não cessam de me espantar.
A primeira delas é a desenvoltura que as cabeleireiras têm na sua relação com o seu cliente. Mal pegam nos nossos cabelos e são imediatamente as nossas melhores amigas. Não dos nossos cabelos mas nossas amigas íntimas. Ou assim desejam. Querem saber tudo acerca de nós, inundam-nos com perguntas pessoais que as nossas mães ou tias têm o pudor de verbalizar.
Mais curioso ainda é que quando inquiridas acerca das várias funções do seu mister, respondem, não raras vezes que são como que “psicólogas”. Não sei qual o plano curricular do curso de cabeleireiro mas não estou a ver o Eduardo Beauté deitado numa cadeira a fazer análise. Assim, de repente, não me parece viável.
Se eu quiser ir a um psicólogo não vou procurar nas “Páginas Amarelas” pelo “Tina & Sandra Coiffure” e muito menos pelo “Rosy Day Spa”...lamento, mas não vou. Estou fortemente inclinada a ir à letra “P”...de psicólogo. É uma mania que eu tenho: seguir a lógica das funções atribuídas a cada profissão mas pode ser teimosia pura.
Outra situação que me causa cada vez mais espécie é a entrada para os transportes públicos. Não querendo parecer redundante, trago a lume este assunto pois parece-me que o (mau) comportamento habitual se tem vindo a agudizar.
Um dos comportamentos em questão é o que designei como “efeito aba”. Não, não é publicidade velada a nenhum operador ligado a uma espécie felina. Reporta-se à fila descoordenada que se cria enquanto esperamos por um transporte. Se repararem, chegamos a uma paragem de autocarro, olhamos para ver onde começa a fila e, qual não é o nosso espanto, quando percebemos que não sabemos onde nos colocar pois a fila é qual linha paralela sem início ou fim. A fila está lá, nós estamos lá mas por mais voltas que demos, não sabemos onde começa ou termina. Como que entre abas protectoras, encontramo-nos perdidos na indecisão de avançarmos e passarmos à frente de alguém ou recuarmos e deixarmos que nos passem.
Coloca-se então a questão: Primeiro a paragem ou o peão?. A própria noção de prioridade é aqui posta em causa. Todavia, isso não impede os mais audazes de se lançarem carreira dentro e assim atingirem a glória do lugar para os passageiros portadores de deficiência, idosos ou mulheres grávidas. Ah, o lugar mais cobiçado, não fosse ele o fruto proibido. E assim, finos e seguros, na nossa “aba-redoma” nos aventuramos nós, dia-a-dia, por paragens constantemente conspurcadas.
Vanessa Limpo
in "expresso Sem Mais", edição de 6 de Fevereiro de 2010.
A primeira delas é a desenvoltura que as cabeleireiras têm na sua relação com o seu cliente. Mal pegam nos nossos cabelos e são imediatamente as nossas melhores amigas. Não dos nossos cabelos mas nossas amigas íntimas. Ou assim desejam. Querem saber tudo acerca de nós, inundam-nos com perguntas pessoais que as nossas mães ou tias têm o pudor de verbalizar.
Mais curioso ainda é que quando inquiridas acerca das várias funções do seu mister, respondem, não raras vezes que são como que “psicólogas”. Não sei qual o plano curricular do curso de cabeleireiro mas não estou a ver o Eduardo Beauté deitado numa cadeira a fazer análise. Assim, de repente, não me parece viável.
Se eu quiser ir a um psicólogo não vou procurar nas “Páginas Amarelas” pelo “Tina & Sandra Coiffure” e muito menos pelo “Rosy Day Spa”...lamento, mas não vou. Estou fortemente inclinada a ir à letra “P”...de psicólogo. É uma mania que eu tenho: seguir a lógica das funções atribuídas a cada profissão mas pode ser teimosia pura.
Outra situação que me causa cada vez mais espécie é a entrada para os transportes públicos. Não querendo parecer redundante, trago a lume este assunto pois parece-me que o (mau) comportamento habitual se tem vindo a agudizar.
Um dos comportamentos em questão é o que designei como “efeito aba”. Não, não é publicidade velada a nenhum operador ligado a uma espécie felina. Reporta-se à fila descoordenada que se cria enquanto esperamos por um transporte. Se repararem, chegamos a uma paragem de autocarro, olhamos para ver onde começa a fila e, qual não é o nosso espanto, quando percebemos que não sabemos onde nos colocar pois a fila é qual linha paralela sem início ou fim. A fila está lá, nós estamos lá mas por mais voltas que demos, não sabemos onde começa ou termina. Como que entre abas protectoras, encontramo-nos perdidos na indecisão de avançarmos e passarmos à frente de alguém ou recuarmos e deixarmos que nos passem.
Coloca-se então a questão: Primeiro a paragem ou o peão?. A própria noção de prioridade é aqui posta em causa. Todavia, isso não impede os mais audazes de se lançarem carreira dentro e assim atingirem a glória do lugar para os passageiros portadores de deficiência, idosos ou mulheres grávidas. Ah, o lugar mais cobiçado, não fosse ele o fruto proibido. E assim, finos e seguros, na nossa “aba-redoma” nos aventuramos nós, dia-a-dia, por paragens constantemente conspurcadas.
Vanessa Limpo
in "expresso Sem Mais", edição de 6 de Fevereiro de 2010.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Desformatando...
Dar, texto, pele, suave, palavra, não-rima, não-dor,sorriso, riso, tímido, caneta, troca, sabor, tempo, sentido, procura, (des)bloqueio, interior, explorar, letras, sons, olhos, olhar, mesa, chão, chá, círculo, medo(s), mãos, rostos.
E Lisboa a olhar para (por) nós.
E Lisboa a olhar para (por) nós.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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