sexta-feira, 25 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Poemas presos...
Receita para arrancar poemas presos
"A maioria das doenças que as pessoas têm
São poemas presos,
Abcessos, tumores, nódulos, pedras são palavras calcificadas,
São poemas sem vazão,
Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado,
Prisão de ventre poderia um dia ter sido poema.
Mas não.
Pessoas às vezes adoecem da razão
De gostar de palavra presa.
Palavra boa é palavra líquida
Escorrendo em estado de lágrima.
Lágrima é dor derretida.
Dor endurecida é tumor.
Lágrima é alegria derretida.
Alegria endurecida é tumor.
Lágrima é raiva derretida.
Raiva endurecida é tumor.
Lágrima é pessoa derretida.
Pessoa endurecida é tumor.
Tempo endurecido é tumor.
Tempo derretido é poema.
Você pode arrancar poemas com pinças,
Buchas vegetais, óleos medicinais.
Com as pontas dos dedos, com as unhas.
Você pode arrancar poemas com banhos
De imersão, com o pente, com uma agulha.
Com pomada basilicão.
Alicate de cutículas.
Com massagens e hidratação.
Mas não use bisturi quase nunca.
Em caso de poemas difíceis use a dança.
A dança é uma forma de amolecer os poemas,
Endurecidos do corpo.
Uma forma de soltá-los,
Das dobras dos dedos dos pés, das vértebras.
Dos punhos, das axilas, do quadril.
São os poema cóccix, os poemas virilha.
Os poema olho, os poema peito.
Os poema sexo, os poema cílio.
Atualmente ando gostando de pensamento chão.
Pensamento chão é poema que nasce do pé.
É poema de pé no chão.
Poema de pé no chão é poema de gente normal,
Gente simples,
Gente de Espírito Santo.
Eu venho do Espírito Santo
Eu sou do Espírito Santo
Trago a vitória do Espírito Santo
Santo é um espírito capaz de operar milagres
Sobre si mesmo."
Viviane Mosé.
"Roubado" ao blog do "Zoninho". Desculpa lindo mas não resisti.
"A maioria das doenças que as pessoas têm
São poemas presos,
Abcessos, tumores, nódulos, pedras são palavras calcificadas,
São poemas sem vazão,
Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado,
Prisão de ventre poderia um dia ter sido poema.
Mas não.
Pessoas às vezes adoecem da razão
De gostar de palavra presa.
Palavra boa é palavra líquida
Escorrendo em estado de lágrima.
Lágrima é dor derretida.
Dor endurecida é tumor.
Lágrima é alegria derretida.
Alegria endurecida é tumor.
Lágrima é raiva derretida.
Raiva endurecida é tumor.
Lágrima é pessoa derretida.
Pessoa endurecida é tumor.
Tempo endurecido é tumor.
Tempo derretido é poema.
Você pode arrancar poemas com pinças,
Buchas vegetais, óleos medicinais.
Com as pontas dos dedos, com as unhas.
Você pode arrancar poemas com banhos
De imersão, com o pente, com uma agulha.
Com pomada basilicão.
Alicate de cutículas.
Com massagens e hidratação.
Mas não use bisturi quase nunca.
Em caso de poemas difíceis use a dança.
A dança é uma forma de amolecer os poemas,
Endurecidos do corpo.
Uma forma de soltá-los,
Das dobras dos dedos dos pés, das vértebras.
Dos punhos, das axilas, do quadril.
São os poema cóccix, os poemas virilha.
Os poema olho, os poema peito.
Os poema sexo, os poema cílio.
Atualmente ando gostando de pensamento chão.
Pensamento chão é poema que nasce do pé.
É poema de pé no chão.
Poema de pé no chão é poema de gente normal,
Gente simples,
Gente de Espírito Santo.
Eu venho do Espírito Santo
Eu sou do Espírito Santo
Trago a vitória do Espírito Santo
Santo é um espírito capaz de operar milagres
Sobre si mesmo."
Viviane Mosé.
"Roubado" ao blog do "Zoninho". Desculpa lindo mas não resisti.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Calendário...
(Arraial de Santo António em Alfama)
Gosto de Junho porque é promessa.
De Verão, de calor, de sonho.
Gosto de Junho pois é começo.
Mês inciático.
Tem Santo António lá no meio.
Tem cores,
Tem ruas
e enfeites.
Tem sarinhas, bifanas e sangria.
A copo.
A sorriso.
E vai um brinde à noite.
Gosto de Junho pois traz consigo outros meses.
Os meses que me aquecem.
Gosto de me tapar com Junho a aquecer-me.
Gosto das mangas curtas, dos chinelos, dos vestidos.
Gosto de Junho e Junho nunca me desaponta.
Não é frio como Novembro ou chuvoso qual Fevereiro.
Não é lúgubre.
Para mim Junho nunca anoitece.
Junho pare apenas dias.
Em Junho as conversas têm sabor a cerejas
E a marés de praias próximas.
Em Junho conjugo-me,
sem pretéritos ou condicionais,
sem grilhões da gramática fria de Dezembro.
Gosto de Junho pois nele nascem novos calendários:
que abro vertiginosamente,
sem medo da queda.
Sei que Junho me ampara e por isso
visto o seu cobertor quente
e mergulho mês dentro.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
What If...
E se...
Um dia eu acordasse e o mundo fosse ao contrário?
E o chão fosse tecto e o tecto chão?
As bocas falariam pelos pés, as mãs olhariam e os narizes ouviriam.
Os cheiros conversariam e eu seria um homem.
A chuva moraria no chão e o céu seria asfalto.
Se o mundo fosse ao contrário, a Paz seria a Guerra e esta morreria na praia,
que era no tecto,
do mundo.
Se o mundo fosse ao contrário,
os sins seriam nãos
e os "talvez" certezas.
As manhãs seriam noites escuras
e as noites seriam cor de alabastro.
Um dia eu acordasse e o mundo fosse ao contrário?
E o chão fosse tecto e o tecto chão?
As bocas falariam pelos pés, as mãs olhariam e os narizes ouviriam.
Os cheiros conversariam e eu seria um homem.
A chuva moraria no chão e o céu seria asfalto.
Se o mundo fosse ao contrário, a Paz seria a Guerra e esta morreria na praia,
que era no tecto,
do mundo.
Se o mundo fosse ao contrário,
os sins seriam nãos
e os "talvez" certezas.
As manhãs seriam noites escuras
e as noites seriam cor de alabastro.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Do perdão...
sábado, 5 de junho de 2010
A banhos...
Com o Verão às portas, inicia-se uma das épocas favoritas dos portugueses: a estação balnear. A estação balnear em Portugal assemelha-se um pouco à estação do Marquês de Pombal em hora de ponta mas com valores de oxigénio ainda mais rarefeitos, especialmente entre as 12h e as 16h. Isso mesmo: a melhor hora para o cultivo de melanoma da melhor qualidade.
Ir à praia significa não só apreender os mais altos índices de cancro como ainda apanhar congestões, facto que facilmente pode ser comprovando ao confiscar as geleiras dos banhistas (que se deveriam chamar de “melanomistas” dado que a única área do corpo que toca no Atlântico ser o dedo mindinho do pé) podermos encontrar dois quilos e meio de frango, cinco litros de cerveja, cinco a dez sandes (de presunto e fiambre que é para fermentar de vez e permitir uma congestão perfeita) e três ou quatro uvas (afinal, a fruta é importante). Água não é “precisa” pois já basta a que se tem à frente (embora não se beba, a não ser que por engano se entre de facto na água e se engula o tão estimado “pirolito”).
Outro fenómeno interessante é observar as camadas mais jovens da nossa sociedade nos seus rituais de Verão. Antes íamos para a praia ou para destilar e ficar bem passados ao Sol (isso já não é glória desta geração) ou para jogarmos: ou com raquetas, ou voleibol/ futebol. etc. Levávamos os fatos-de-banho, biquínis ou calções, nunca se colocava o protector solar (a paixão cancerígena é já antiga) mas primava-se por envergar as vestes mais práticas possíveis. Hoje em dia assisto a verdadeiros desfiles de moda, colecção Verão/Complicação. Passo a explicar: anexo ao biquíni, vêm uns três quilos de pulseiras, fios, fitas e demais acessórios que, curiosamente, nunca saem dos braços/pernas ou cabeças das jovens banhistas.
Comecei a pensar melhor e de facto, faz sentido: para quê gastar-se dinheiro com ginásios quando podemos carregar com alguidares de acessórios que promovem a manutenção salutar dos bíceps e tríceps? Nada como o bem-estar muscular.
Assim, as jovens lançam-se intrepidamente na água, elas e pulseiras, num hino à sua juventude, ao Verão e claro com a comparticipação da “Parfois”.
Vanessa Limpo.
in "Expresso Sem Mais", edição de 5 de Junho de 2010.
Ir à praia significa não só apreender os mais altos índices de cancro como ainda apanhar congestões, facto que facilmente pode ser comprovando ao confiscar as geleiras dos banhistas (que se deveriam chamar de “melanomistas” dado que a única área do corpo que toca no Atlântico ser o dedo mindinho do pé) podermos encontrar dois quilos e meio de frango, cinco litros de cerveja, cinco a dez sandes (de presunto e fiambre que é para fermentar de vez e permitir uma congestão perfeita) e três ou quatro uvas (afinal, a fruta é importante). Água não é “precisa” pois já basta a que se tem à frente (embora não se beba, a não ser que por engano se entre de facto na água e se engula o tão estimado “pirolito”).
Outro fenómeno interessante é observar as camadas mais jovens da nossa sociedade nos seus rituais de Verão. Antes íamos para a praia ou para destilar e ficar bem passados ao Sol (isso já não é glória desta geração) ou para jogarmos: ou com raquetas, ou voleibol/ futebol. etc. Levávamos os fatos-de-banho, biquínis ou calções, nunca se colocava o protector solar (a paixão cancerígena é já antiga) mas primava-se por envergar as vestes mais práticas possíveis. Hoje em dia assisto a verdadeiros desfiles de moda, colecção Verão/Complicação. Passo a explicar: anexo ao biquíni, vêm uns três quilos de pulseiras, fios, fitas e demais acessórios que, curiosamente, nunca saem dos braços/pernas ou cabeças das jovens banhistas.
Comecei a pensar melhor e de facto, faz sentido: para quê gastar-se dinheiro com ginásios quando podemos carregar com alguidares de acessórios que promovem a manutenção salutar dos bíceps e tríceps? Nada como o bem-estar muscular.
Assim, as jovens lançam-se intrepidamente na água, elas e pulseiras, num hino à sua juventude, ao Verão e claro com a comparticipação da “Parfois”.
Vanessa Limpo.
in "Expresso Sem Mais", edição de 5 de Junho de 2010.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
"Eu gosto é do Verão.."
Começa a época balnear e com ela as três frases indisssociáveis desta estação:
1a - "Mas porqe é que não puseste creme?".
2a- "Olhá a coca-cola, água e a língua da sograaaaaaaaa".
3a - "Mãe, já posso ir à água?".
NOTA: A terceira frase só tem o devido efeito se for enunciada cerca 5 segundos após a degustação da segunda sandes de fiambe e queijo ou presunto (do melhor que há para digerir).
1a - "Mas porqe é que não puseste creme?".
2a- "Olhá a coca-cola, água e a língua da sograaaaaaaaa".
3a - "Mãe, já posso ir à água?".
NOTA: A terceira frase só tem o devido efeito se for enunciada cerca 5 segundos após a degustação da segunda sandes de fiambe e queijo ou presunto (do melhor que há para digerir).
terça-feira, 1 de junho de 2010
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