sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Elogio ao amor puro...

(Gustav klimt, Stoclet Frieze: Fullfilment, 1905-09)
"O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. (...) Amor é amor. É essa a beleza. É esse o perigo. Não é para nos compreender, não é para nos ajudar (...) O nosso amor é para nos amar, para levar-nos de repente ao céu, a tempo de ainda apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. O amor puro não é um meio, não é um destino. (...) é uma condicao. (...) o amor não se percebe. Não é para se perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não compreende (...) O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita. Não faz mal. O amor é uma coisa, avida é outra. O amor é mais bonito que a vida. Num momento, num olhar, o coracão apanha-se para sempre. Ama-se alguém. O coracão guarda o que se nos escapa das mãos. (..) Não se pode ceder, não se pode resistir. A vida dura a vida inteira, amor não. Um só minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-a também."
Miguel Esteves Cardoso

1 comentário:

Anónimo disse...

Podes n acreditar mas ainda ontem li este texto e ate tava pra o colocar no meu blog...é msm mt bontito...grand escolha miga...Bjocas