quinta-feira, 30 de julho de 2009

Wass up?



ou melhor: Brüno: Delicious Journeys Through America for the Purpose of Making Heterosexual Males Visibly Uncomfortable in the Presence of a Gay Foreigner in a Mesh T-Shirt


A nova aventura de Sacha Baron Cohen, former Borat, former Ali G, leva-nos da Áustria até aos EUA para um novo tour de entrevistas, relatos e imagens absolutamente hilariantes e não menos chocantes. Não pelo uso da imagem-escândalo típica em Cohen, pelo recurso ao nú explicíto ou às já habituais piscadelas de olho a referências culturais que se inscrevem na temática em questão. Desta feita o mundo gay. Os estereótipos, pelo menos (Lagarfeld, Soft Cell, Elton John, etc).
De entrevistas a manequins absolutamente ridículas, a visitas a acampamentos no mais profundo south americano (Alabama, Arkansas), ou ainda a incursões pelo Médio Oriente (ou será Middle Earth? E será Homus ou Hamas? Bruno is confused...), até diálogos hilariantes com pastores "converters" de homo em heterossexuais, Bruno leva-nos muito mais longe que ao coração dos EUA.
Faz-nos viajar pelas entranhas da hipocrisia, tacanhez e da sofreguidão pelo estrelato.
Quando o filme acaba a naúsea vai não para o nú de Cohen ou os jogos sexuais do seu personagem mas para a mentalidade daqueles que entrevistou.
Isso sim, é uma outra forma de terrorismo.
Asqueroso e chocante.
Não sendo para todos os estômagos, aconselho o seu visionamento a todos os que admiram, contudo os apêndices testiculares que Cohen demonstrou ter.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Aperitivo...



Jet d'eau, Genève. (Só para dar um gostinho, uma espécie de "apéro", como dizem os Suíços).


Bem e cá estou eu, de volta, tal como prometido e previsto. E livre de qualquer indício de gripe que estou, mal chego à "pátria mãe", esperam-me dois cafés (as saudades que eu já tinha da minha alegre cafeína...) avec deux grands amies. Daqueles que, apesar da necessidade de cafeína que saiba de facto a tal, servem apenas como pretexto para dar contexto à reposição da conversa em atraso e mitigar as saudades.
Falta-me ainda fazer aqui o resumo da voyage. Mas isso fica para amanhã (or so I intend). Para hoje ficam as conversas, as saudades, o chocolate, o rosto de um bebé, a felicidade de saber que outro vem a caminho e ter saído de casa e ver que Lisboa estava linda.
O Verão fica-lhe tão bem.

terça-feira, 21 de julho de 2009

To Geneva with love (friendship)




Pois é, o grande dia (manhã, mais precisamente) aproxima-se a passos largos. Tão largos que é já amanhã...
E nada melhor para acompanhar passos por terras nunca antes pisadas que o calçado certo. E a par com a nova aquisição pedestre, ainda recebi um "miminho" para acompanhar outra parte do corpo.
Tudo faz "pendant". Sobretudo com a viagem. E comigo.
Obrigada pela pulseira, A. Bom gosto. Como sempre.
Falta só não ter a sensação que falta (sempre) alguma coisa mais, que não me esqueci de nada...que o despertador vai tocar à hora certa e que não vou dar uma das minhas "barracas" típicas nos aeroportos.
E então, até domingo. Espero voltar com mais bagagem (chocolates a pedido) e o mesmo peso. E claro "gripe A" free.
Como digo aos que gosto: "Ti jei".

domingo, 19 de julho de 2009

Os meus vícios de verão

- Chiclets Fire (ou o poder da Canela, nham nham).

- Maçãs Granny Smith (uma por dia nem sabe o bem que lhe fazia).

- O cafezinho ao fim da manhã (ali entre as 11h e o meio dia).

- As séries da Fox (corro o risco de brain explosion due to overexposion).

- As doses massivas de salmão fumado que mando para o saco estomacal (e por selecção natural, para a veia).

- Reposição dos valores de cinefilia que estavam anémicos.

- Produção de maiores níveis de melanina. Mas sempre atenta ao melanoma.

- As viagens/deambulações/passeios. There's no such thing as too much wandering...


E os (bons)amigos sempre ali tão perto.

sábado, 18 de julho de 2009

Hipocrisia em análise(s)

Ora e hoje o tema é HIPOCRISIA. E as "CAPS" são propositadas, não um "lapsus escritum" (passe o neologismo).
Os homossexuais (masculinos) estão proibidos de dar sangue neste nosso país. Pequenino e cada vez estreitinho. Tão apertadinho em mentalidade que qualquer dia não há preservativo que nos valha (caiba).
É das coisas mais estúpidas que já li, ouvi e tenho de "comer". E a história já não é nova, que estas coisas da tacanhez são já ex-libris da mente portuga.
Ainda eu era menina e moça (adolescente vá) e já se ouvia que os gays (na altura não se usava esta expressão, optava-se pelo grosseirismo mesmo puro e duro) eram a causa de todas as maleitas da humanidade. Agora desconfio até que já faltou mais para se culpar a comunidade gay pela gripe A. Riam-se, riam-se mas olhem que depois não digam que nos avisei.
Segundo li algures em várias publicaçoões e vi alguns programas de televisão (sem a chancela do mau gosto brejeiro) o grupo de risco que tem vindo a grassar mais vítimas do vírus HIV são os heterosseuxais na faixa dos 50 e por aí acima. Isto porque é uma geração cujos problemas de faltinha de vista impede de lerem o que se passa à volta e de pensarem, no tipo de raciocínio eminentemente "Tuguês", que "isso só acontece aos panisgas e às meninas da vida".
Ora o que me surpreende do alto da minha inocência dos 30, é que essas ditas "meninas" não trabalham individualmente. O seu trabalho é sempre a pares ou, por vezes, em grupos...e nesses grupos muitos desses senhores estão lá, pilocas ao léu que isso dos preservativos´é, lá está, para "pane...".
E como tal, eles "pimba" (todos os direitos reservados ao senhor Emanuel) e depois como prenda de mais um aniversário de casamento, dão-lhe não um anel, ou até um beijo, um jantar surpresa ou um passeio a dois, mas antes a notícia da transmissão do vírus. Mas juram a pés juntos que "foi só uma vez e não teve qualquer signficado".
Não sei o que é mais ofensivo: se o revelarem esse triste vatícinio ou se pensarem que as mulheres são mesmo estúpidas e acreditam nisso.
Eu não posso dar sangue, não pela minha orientação sexual mas pelo meu peso. Faz sentido, não posso dar algo que me faz, claramente, falta.
Isto é lógico. Inscreve-se na linha do bom senso. O que não faz sentido é barrar à partida um conjunto de pessoas que por amarem ou desejarem e, como tal, dormirem com pessoas do mesmo sexo, se vêem impedidas de ajudar amigos, conhecidos ou até completos desconhecidos. Isto deveria ser louvado, não vedado.
Há pessoas altruístas, conscientes do seu papel cívico. Muitas delas até são gays. Veja-se lá bem isto! Ele há coisas...
Muitas vezes troça-se de homossexuais dizendo que se cuidam demasiado, que dão exagerada importância ao aspecto físico, que são "gym freaks", que sabem sempre tudo sobre novos produtos de saúde, cosmética e afins.
Ainda gostava de saber onde é que isso é errado? Qual é a lei ou planeta que impede que isso faça sentido?
E se se tratam assim tanto, então, muito provavelmente, isso quererá dizer que vão mais vezes ao médico, fazem exames com muito maior regularidade (que eu fazem de certeza) e que se protegem em relação às DST de forma muito mais cuidada que muitos heterossexuais, certo?
Mas isto é só a lógica e o bom-senso a falarem. Mas quem é que precisa disso num hospital quando o que está em questão é a vida de outro ser humano? Que tudo o que precisa é de sangue saudável, limpo?
O que cada vez mais constato é que não é de sangue limpo que precisamos. Desse (ainda) há muito. Precisa-se, urgentemente, é de limpar a "surro" que habita a Mente Doente da Saúde em Portugal.
Essa sim precisa de ser analisada.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Recital e tal...



Ora cá está algo que aconselho vivamente a quem possa ir ver (e até mesmo aos que não podem). Como a sessão de hoje já terminou, resta-vos amanhã, pelas 22h ali para os lados do Chiado, mais precisamente no Largo de S. Carlos.
Os actores são fabulosos, mas isso já era de esperar, afinal falamos de Miguel Guiherme, Rita Blanco e Diogo Dória, o espaço é bonito, a acústica não é má, o que até é raro, tratando-se de um espectáculo ao ar livre, e os textos esses são de finíssimo recorte: de Bocage a Miguel Esteves Cardoso, passando ainda por Mário Henrique Lisboa, Pedro Mexia ou Almada Negreiros.
De ir e chorar (a rir) por mais.
Ah e a cereja no topo do bolo: a entrada é grátis.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tough choice...




Andava eu no meu périplo diário pelos blogs do costume, quando no habitual satlitar por links nunca dantes navegados, me deparei com esta pérola no blog Vendo a minha mãe, que é a minha mais recente descoberta.
Dá quase vontade de perguntar a quanto é a chicotada, porque se cada uma for a um euro, se calhar o mero "convívio" compensa. Falar, parecendo que não, sempre fica mais baratinho. Uma espécie de "Preço Verde" como na Fnac.
Se gostaram disto, vão ao link que já aqui adicionei e verão que there's a lot more where this came from.

terça-feira, 14 de julho de 2009

It's business time...





Estes fabulosos senhores sáo um duo cuja graça se intitula Flight of the Conchords...e a par com o senhor Gervais, são das melhores coisinhas que o humor já viu... Enjoy.
Over and out.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Angle's statue...

Preciso de passar as fotos das férias em Sesimbra para aqui. preciso mandá-las para a F e ela para o restante pessoal que lá esteve. Preciso de dizer à F o quanto adorei ter podido conhecê-la melhor e comprovar o ser humano maravilhoso que é (mesmo sabendo que me vai dizer que não o é assim tanto, mas ainda bem que as opiniões divergem).
Preciso de escrever textos e limpar (melhor) a casa. Preciso de ver os filmes saborosos que me esperam ali dentro do móvel da TV. Preciso de acabar de ler o livro do Mr. Barry para entrar dentro d' A Fenda da dona Lessing.
Todavia e porque este fim-de-semana me deu a conhecer o seguinte excerto, através da minha querida P. deixo tudo em suspenso, atiro para o alto numa bolha suspensa de tempo tudo o resto, e os dedos impelem-me a passar para aqui o dito texto.
Cá vai.

"Segunda veladora:
(...) _ AS mãos não são verdadeiras, nem reais... São mistérios que habitam na nossa vida... às vezes, quando fito as minhas mãos tenho medo de Deus... Não há vento que mova as chamas das velas, e olhai, elas movem-se.
Para onde se inclinam elas?... Que pena se alguém pudesse responder!... Sinto-me desejosa de ouvir músicas bárbaras que devem agora estar tocando em palácios de outros continentes... É sempre longe na minha alma...talvez porque, quando criança, corri atrás das ondas à beira-mar, levei a vida pela mão entre os rochedos, maré-baixa, quando o mar parece ter cruzado as mãos sobre o peito e ter adormecido como uma estátua de anjo para que nunca mais ninguém olhasse...(...)".


Fernando Pessoa, O Marinheiro.

sábado, 11 de julho de 2009

Da síndrome do caracol

Nunca como agora a expressão silly season ganhou tanto significado como agora.
Que o Verão acelera os batimentos cardíacos por esses praias fora (pelo menos aquelas em que se tem 50 centímetros de espaço para se estender a toalha), que a vontade de sair à noite aumenta para se aproveitar o “fresquinho” da noite (que agora se confunde com aquele fresco a que chamamos frio de Inverno, mas sendo Verão, fica melhor dizer “fresco) e que muitos andam mais alegres com a perspectiva das férias.
Ora as férias…para o Portuga médio, como se sabe, representa duas coisas: ir para a “santa terrinha”, que costuma ser nas Beiras ou no Alentejo (o Allgarve é para a Maya e a Marta Aragão Pinto) e que significa demorar 48 horas a preparar a bagagem -incluindo comida e bens necessários que, obviamente, existem em grande quantidade no destino para onde vão, mas que mesmo assim, “nunca se sabe e lá é tudo mais barato”- até quando tem o mesmo preço.
O português gosta de todo este ritual, vive com a eterna síndrome do caracol. E a casa às costas não lhe chega. Tem de levar ainda a roupa, a comida, os sacos de plástico, o papel higiénico (na “terra” não há?) e claro, sente-se satisfeito quando o peso do veículo excede em quase 20 kilos a sua capacidade normal. E se houver um acidente? “Não que eu tenho uma condução defensiva”. Sim com 20 kilos a mais tem uma condução defensiva… para as mercearias que vão carinhosamente acondicionadas lá atrás, mas para os seres humanos que consigo viajam, a conversa já será outra.
A outra coisa que o português associa a férias é o campismo. O português não acampa. “Faz” campismo. Torna-se uno com aquele solo, aquelas tendas e roulottes. E claro, os quinze primos, os sogros, os filhos e os tios vão consigo. Não há nada como o calor humano no meio da natureza. E a Camping Gaz. E leva assim o fogão, as mesas, cadeiras, roupas, tachos, panelas, o palitinho, e o repelente para as “melgas”.
E no âmago de tudo isto está a mãe de família. A mulher do “Zé”, que continua a cozinhar (mas agora para 15 em vezes de 4), lavar, passar(?), tomar conta dos filhos (e dos filhos dos outros) e que se mostra feliz, encantada com aquelas férias “sossegadas e baratas”.
E o Zé e os seus primos e amigos lá estão, sentados nas cadeiras de plástico, a jogar à “sueca”, a beber mais meio litro de cerveja, e a pensar, deleitados, na “soneca” que vão fazer. A “Maria”? Essa está perto do alguidar, na sua segunda ronda de loiça.
E que bem se está no campo…

Vanessa Limpo

in "Expresso Sem Mais", edição de 11 de Julho de 2009.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"F"...de fériasssssssssssssssss :D

Bem e é desta...ao fim de uns mesitos de lavoura por terras da educação dos "piquenos" deste país, lá vou "partir naquela estrada" (sendo esta a part I da "saga")lá para fora cá dentro por uns diazitos que espero serem, no mínimo dos mínimos, fantásticos, nao menos maravilhosos com uma pitada de divertídíssimos pelo meio!
Isto no mínimo. No máximo, espero serem inesquecíveis.
Em linguagem de teste, claro que opto pela alínea "b".