sábado, 14 de março de 2009

Private doings in public places



(Fonte: Google imagens)


Por muitas (mas mesmo muitas) voltas que dê à cabeça, continuo a não compreender porque é que as mulheres (contra mim falo mas é mesmo assim) demoram eternidades nas casas de banho públicas? se vão é porque estão aflitas, se estão aflitas, sinifica que já não (se) aguentam ou andam lá perto. Nenhuma mulher prefere a impessoalidade, provável (quando não esclarecida), falta de asseio de um sanitário público ao conforto da sua casa, logo por que mistério tão soberbamente insondável é que demoram era e meia a despachar-se?
E não me venham com a treta da prisão de ventre (se está preso, não é ali, naquele ambiente inóspito que se vai soltar, acreditem!), ou que se deve a usarmos mais roupa. Sejamos honestas: quantas mulheres é que usam, de facto, quase sempre saias ou vestidos? poucas, são muitas poucas, e não creio que por baixo das blue jeans se escondam as sete saias da Nazaré, logo isso não pega.
Não faz sentido. Então o que será?
Já não basta termos de ouvir os homens sempre a perguntar-nos porque vamos ao WC juntas, quando eu própria, não sendo praticante desse hábito não sei responder,(mas já pensaram que, pura e simplesmente, podemos ter vontade ao mesmo tempo?? visto que muitas das vezes se come ou bebe antes??) ainda criamos outro tópico para conversa...e este ultrapassa todos os meus humildes limites cognitivos. Não há sinapse que me valha...não consigo estabelecer uma justificação lógica e plausível para justificar um acto de pura estupidez.
Sim, é estúpido. É estúpido eu estar 5, 10 ou por vezes mais minutos ainda, à espera para fazer algo que não demora mais que 1 ou 2 minutos a ser executado.
Ninguém estará por certo a fazer tempo para qualquer outra coisa ali, o sítio NÃO é bonito. Se se quiser ver paisagens, vai-se para FORA dali.
Pensamentos ou racioncínios filosóficos também não estarão em solo fértil para se desenvolverem. Sarte, Hegel, Kant ou Schopenhauer por certo não moram ali.
Então porque raio é que eu tenho de "mofar" ali, entre malas que me roçam sem pedir licença, saltos-agulha que me pisam sem se darem conta, conversas sobre batons, bases e cosméticos afins, ou da roupa que nunca mais seca porque o tempo nunca mais "arrebita", (e se está calor, também há sempre quem veja nele um problema tão sério como a fome no Gana).
Um WC público não estimula, não engrandece, não dignifica. Está lá para fazermos aquilo que tem de ser feito. E, que diga-se de passagem, nada tem de bonito.
Nada tem de asseado.
Ou bem-cheiroso.
Afinal...é um sanitário. E o nome diz tudo.
Tudo!

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