domingo, 8 de junho de 2008

The G Generation

A Geração “G”

A geração “G”? então mas não era “X”? O leitor que me perdoe, mas não, esta não foi uma gralha ortográfica, existe mesmo uma geração “G” e passo a explicar.
A minha geração (a que se encontra agora entre os 29, 30, 31 anos) é a geração “G”. O “G” para qualquer indivíduo que pertença a esta faixa etária vai fazer todo o sentido quando eu disser essa palavra mágica que fez as delícias da nossa infância e/ou puberdade. O “G” é de “Gorila”, as míticas pastilhas que tanto mascámos com incomensurável deleite. Eu confesso que as pastilhas “Gorila” estavam para mim, em termos de prazer gustativo, como outro símbolo mítico desta geração: o “Epa”. Ora podem-me dizer que o “Epa” ainda existe mas todos sabemos que não colhe o mesmo sucesso dos idos da década de 80 em que era, provavelmente, o gelado que mais sucesso (logo seguido pelo “Calippo” e o “Perna de Pau”) tinha junto da pequenada.
O nosso maior maior deleite era não tanto o gelado em sim mas aquele momento único em que se avistava, redonda e cremosa, envolvida na alva cobertura do gelado, a pastilha elástica. Esse momento valia toda uma tarde de escola à sua espera.
Ora as “Gorila” traziam o mesmo tipo de prazer; quantas vezes vi a alegria dos meus colegas a abrir, com um sorriso do tamanho da sua infância, o papelinho que vinha sempre com a pastilha.
O mesmo se passava com os cromos “Tou” que agora se encontram numa época de revival, sendo que fazem já parte do panteão vintage das gulodices dos anos 80. Criança que se prezasse jamais comprava um “Bollycao” apenas pelo deguste, subrepticiamente todos ansiávamos pelo novo “Tou”. Até os “Douradinhos da Iglo” traziam cromos para coleccionar e sei que ainda abundam muitos no pó de que as memórias de infância são feitas.
Falar da meninice, das suas memórias e sabores é algo infindável. Páginas e páginas seriam necessárias para condensar todos os símbolos e referências que a ela estão associadas. Contudo, e apesar de todos os rótulos que a minha geração já passou, desafio as gerações vindouras a poderem partilhar memórias tão doces e prazerosas como estas.
Haverá algo mais saboroso que ouvir, subitamente, quando menos esperamos, as canções da “Ana e os Queijinhos Frescos”? Pois, eu sei…uma autêntica delícia!


Vanessa Limpo

In "Expresso SemMais", edição de 7 de Junho de 2008

2 comentários:

Anónimo disse...

Oh miga, ainda n cheguei as 29 mas é obvio q m recordo das famosas pastilhas gorila...quem n s lembra?? Esses tempos deixam saudades...Bjinhos grands...e os desenhos animados? Ja n ha cmo antigamente....

paulo disse...

ó mulheri, por momentos ainda achei que fosse a geração gay, mas não só pastilhas. E sabes que mais? lembro-me bem delas e desses gelados todos. enfim, deu-te o saudosismo alimentar de ficar com o dente podre...
um abraço e boas e grandes escritas!