quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O poder da aderência

Cada dia confirmo mais a ideia que ligar o televisor é uma aventura (já dizia a Micaela há cerca de 10 anos, mais coisa menos coisa, troca o passo, que o melhor era desligar-se o televisor, que mais bonito era fazer-se o amor, ninguém lhe ligou e agora isto está pela hora da morte, é o que é).
Esta aventura passa pela nossa capacidade de resistência aos sucessivos exercícios de atentado à língua portuguesa. Isto não são já pontapés na gramática, não. Resvalou já há muito para kickboxing e do bom, ou tiros à queima-roupa ao nosso querido português.
E mais uma vez a Sic leva uma menção honrosa neste departamento pois consegue como mais ninguém (mas também dado que não vejo a TVI por motivos que vão dp puro bom-gosto até à má recepção do canal, não posso falar por todos os canais) seleccionar os maiores homicidas da língua de Camões (que se ouvisse o que eu hoje ouvi não estaria a dar voltas mas a fazer skydiving no túmulo).
Ora hoje estava-se em plena reportagem numa farmácia da capital a questionar a farmacêutica de serviço sobre a natureza dos medicamentos com maior saída (uma espécie de discos pedidos na rádio mas aqui em versão Ilvico) ao que a sra dra farmacêutica licenciada responde algo deste género: "Bom, os medicamentos com maior aderência são os que estão ligados à gripe e constipações".
Das duas uma: ou a dita sra qual Peter Parker foi mordida ainda menina e moça por uma aranha radioactiva ou fez o curso na Independente ou então não sabe falar e mais valia era estar em casa, "sossogadita", ou a pôr a roupa a secar que hoje até está para o fresco e seca-se que é uma maravilha.
E já agora, só por prevenção, antes de ir à janela ver dos boxers e das termotebes (o meu pai tem uma) tome um"Antigrippine", é que segundo consta tem uma óptima aderência.

1 comentário:

paulo disse...

aderência, claro! ó Vanessa, nós é que estamos todos errados. os bem falantes é que ganham!

kisses e assim