(Quadro: Edward Hopper, City)
P.S. By the way...o livro é o último de Pedro Mexia (Prova de Vida, edições Tinta da China).
Metro...6a feira.."hora de ponta"..hora da pressa, portanto em inglês (que nisso a língua inglesa é soberba: criar palavras tecendo, cosendo ideias tão simples) "rush hour"...entro na estação da Alameda..já mais fora que dentro de mim -síndrome típica de 6a feira (ou seria mais correcto dizer síndrome típica minha), absorta, cansada, ainda a recuperar do sprint-entre-transportes (qualquer semelhança com Rosa Mota..pura coincidência) quando entro no metro, sento-me (vá lá..privilégio only to a few) abro o livro que ando a ler e qual não é o meu espanto quando a minha "vizinha" no transporte que (in)discretamente cobiçava o título, com uma naturalidade que me surpreendeu (confesso) me pergunta "olhe..é bom?". Não sei se foi por ser numa 6a feira a uma hora improvável, se por pura e simplesmente ser quase surreal mais que 2 ou 3 pessoas lerem no metro algo que não seja o Destak, o Metro, ou...nada...que imediatamente sorri para a senhora..e senti-me sua "cúmplice", como se aquela pergunta tão espontânea e simples fosse equivalente a uma descoberta científica revolucionária.."é bom?"..como uma amiga que está a fazer um bolo nos pergunta para se certificar do seu estado "está bom?"...disse ainda que já tinha uma lista de livros do mesmo autor, que já tinha andado à procura dele numa livraria mas que não o tinha encontrado..
Então para se certificar (como se mexesse na massa do bolo) pergunta "é bom?" ao que eu respondo com um sorriso iluminado: "é sim..é muito bom"...
And they say there's no hope left...
P.S. By the way...o livro é o último de Pedro Mexia (Prova de Vida, edições Tinta da China).
2 comentários:
As mil e uma leituras da rapariga. Fez um narrativa interessante deste pequeno encontro. Muito giro mesmo. beijocas
Claro.. é como perguntar no restaurante.. olhe!! o peixe é fresquinho?
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