"Um poema antigo
Repetir os nomes das árvores:
olaia, bétula, negrilho, alfarrobeira;
a cerejeira do fundo dos muros e os admiráveis
brincos da infância; o carvalho negral
e as folhas ténues trazendo às colinas
os primeiros meses de Abril.
Dizer em voz alta os nomes
dos lugares onde parece
que o mundo se suspendeu
para que pudéssemos regressar
à àgua e ao lume, à terra
e ao éter e à varanda incandescente
das tardes de Verão (...)
Roubar à caligrafia
os nomes da manhã acabada de nascer:
nuvem onde poisamos as mãos."
José Carlos Barros
1 comentário:
Adorei... belíssimas palavras, "bebi-as" todas :)
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