domingo, 23 de setembro de 2007

Luz Vaga...

(pôr do sol na zona de Barril de Alva, Setembro 2007)

"Luz vaga, luz vesga, a tua cruz
Já não sai da cama, a minha luz
Da sala, do quarto
Pilha a palavra
Troca a quantidade, do assunto modal
A tensão está normal
O lábio fora da boca,
A boca fora do mal
Os teus olhos não são de gente
O teu ar foge para cima
Tens a perna no cimento,
Tens a mão no pensamento
Ciclope, cicloturismo
Na parte de fora, na nesga do abismo
Imaginário que remete, para onde ainda não fui
Convite ao Universo
Com a tua própria câmara
Fecho a luz num olhoPrego a tábua à sensação
Som da casa, quando não estás...
Dancei para te ver aqui,eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar? Sim
Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar,tenho uma corda acesa, prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério.
Vou saltar em teu lugar.
Sei que nada mais pode me ajudar
Atrasa o passo
Leva o lenço à boca
Fica na mira do choque frontal
Não é doença, é um animal
Um ruído feito no acto de fingir seres mau, mesmo a dormir"

Luz Vaga, Mesa.

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