quarta-feira, 27 de maio de 2009

Caminho...




Eu: Diana, que estás a fazer? tens de estar atenta à aula, senão depois vais ter dificuldade em acompanhar a matéria".



Diana: "Ah, não estou a fazer nada, teacher..."



Eu: "Pois pois, e esse desenho que estás a fazer, tem a ver com a aula de inglês?"


Diana: Er...tem, teacher...até tem...eu só que lhe queria dar no fim da aula mas como a teacher viu, tome lá, é para si."



Ora toma lá fresquinho...era este desenho. Claro que, pedagogicamente, sei que está errado ela ter feito o desenho, tanto que a repreendi à mesma, independentemente de me ter desenhado e, com isso, expressado o seu agrado por mim.
A outra metade de mim, aquela que não se chama "Teacher", a V, essa sentiu-se (ainda mais) pequenina e a ter vontade de se "fustigar" meia horinha pelos momentos em que se sente frustrada com o que faz, insatisfeita com a rotina laboral e pouco desafiada intelectualmente.
Por instantes, consegui mesmo esquecer que não é isto que quero fazer para o resto da vida. Que não é ensinar inglês a crianças. Ou a adolescentes. É mesmo não ensinar.
A palavra de ordem é mais a inversa: aprender.
Como diz o poeta: não sei qual é o caminho, sei que não é por aí.